GERENTES: A pior profissão do mundo.
A revista Exame (edição 1081 de 21/01/2015) publicou uma matéria muito interessante sobre a realidade dos gerentes e supervisores nas organizações. Citando várias fontes, a revista traz alguns dados importantes:
- A maior angústia dos gerentes e supervisores é ter que bater metas agressivas;
- 85% dos novos gerentes não recebem treinamento nenhum;
- Gerentes insatisfeitos tem o poder de prejudicar a imagem das empresas perante os clientes;
- Na ânsia de crescer, as empresas promovem bons técnicos a gerentes e com isso perdem o técnico e ganham um péssimo gerente.
Embora esses dados não me surpreendam, devem ser motivo de preocupação para as organizações que pretendem ser líderes em seus segmentos.

Pelo que constato nas atividades de treinamento, nas aulas e na consultoria, as causas que levam a essa situação são as mais diversas, dentre as quais podemos destacar:
- Crença dos gestores de que qualquer pessoa tem perfil para ser gerente. Isso não é verdade e acaba trazendo uma realidade cruel. As pessoas são promovidas pelas suas competências técnicas e são demitidas pelas suas incompetências comportamentais.
- Crescimento desordenado das empresas: Muitas empresas conduzem seu crescimento preocupadas unicamente com os aspectos financeiros e de infra estrutura, esquecendo da capacidade humana, principalmente seus gerentes. Mesmo quando há preocupação com a capacitação, o crescimento é grande e os esforços insuficientes.
- Baixo investimento no capital humano. Com raras exceções, as organizações investem menos de 1% do total das despesas de pessoal em atividades de melhoria das competências das pessoas. O ideal seria um investimento de 3%.
- Nível educacional e formação recebida na universidade: A educação e formação formal está muito abaixo dos níveis de exigência das empresas, o que causa uma baixa produtividade. O Brasil tem uma das mais baixas produtividades do trabalho quando comparado a seus competidores internacionais.
E qual a saída?
As organizações devem investir em três vertentes.
- A primeira é no modelo de gestão que dedique atenção aos fatores de bem estar e de saúde. Esses fatores, aliados a um bom modelo de gestão para resultados, facilitam os gerentes e supervisores a buscarem os resultados necessários, na medida que todos podem dar o melhor de si.
- A segunda vertente é a Educação Corporativa treinando e desenvolvendo de forma permanente suas equipes.
- A terceira dimensão é a preparação permanente de sucessores, pois as pessoas prontas não se encontram facilmente no mercado.
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Baixe a matéria da Revista Exame em PDF no link abaixo: