Nos últimos tempos observei várias publicações e estudiosos citando a necessidade de desenvolvimento de novas competências para adequação do perfil de líderes. Concordo com isso e observo que a maioria das pessoas está insatisfeita com os líderes que TEM. Os que tem uma melhor autocrítica também não estão contentes com o tipo de líder que SÃO.
Estamos necessitando de uma liderança renovadora e transformadora, que sejam capazes de novas práticas, muito além das tradicionais. Indicamos a seguir os cinco principais motivos para a adoção de uma nova liderança e e algumas dicas do que fazer.
1 – Impacto Tecnológico: Estamos vivendo sob o impacto de grandes forças transformadoras que interferem no modelo de trabalho, nas organizações e por consequência, na sociedade como um todo. Um dos exemplos é a inteligência artificial (IA) que já começou a ceifar postos de trabalho em atividades técnicas e repetitivas. O líder renovador terá que lidar com novas relações de trabalho, especificações para a aprendizagem de máquina e novo patamar de desempenho. Aprenderá a usar a clareza de intenção como força mobilizadora.
2 – Resolução de problemas complexos: O processo de tomada de decisão deu um salto exponencial, saindo de problemas simples e complicados para situações complexas e caóticas. O líder renovador deverá ser capaz de olhar o ambiente de forma holística. Vai sentir a energia do campo e alinhar sua atuação. Será capaz de múltiplas e distintas intervenções para criar opções. Interferindo nos padrões e produzindo ondas de energia que “falam” a melhor alternativa. Nos ambientes caóticos vai lidar com a inexistência de relação perceptível entre causa e efeito. O líder renovador age, ente e responde. Age novamente, sente e responde.
3 – Novo padrão de competitividade: Se você não conseguir atrair as pessoas mais talentosas, vai ter que se contentar com o resto. E resto é resto. O líder renovador entende as reais motivações das pessoas em busca da felicidade. Existe uma preocupação genuína em deixar um legado positivo e não simplesmente “passar pela vida”. Essa nova liderança é capaz de construir organizações onde as pessoas queiram verdadeiramente trabalhar por se identificarem com seus propósitos. Os líderes renovadores compreendem que os patamares de desempenho estão mais elevados assim como o atleta brasileiro Thiago (saldo com vara) subiu o sarrafo na olimpíada e conquistou a medalha de outro do francês que era favorito.
4 – As consequências do mundo em rede: Empresas são redes de pessoas executando processos também em rede. São organizações planas. Nesse tipo de arranjo, quanto maior sua capacidade de conexão, maior o poder de influência. O fazer acontecer é mais complexo pois usa muito menos o comando e controle (velha liderança) e muito mais a inspiração, engajamento, orientação, mentoria, negociação e coach. O líder renovador vai precisar lidar bem com a diversidade, com diferentes culturas e modos de vida e usar o reconhecimento das equipes como sua principal força e fonte de poder.
5 – Agilidade: As equipes (squads) passam a ter configuração diferenciada, com múltiplos talentos, grupos menores, com grande autonomia de decisão. Não existe agilidade sem autonomia. O cliente é mais exigente e contempla a necessidade de resolver suas necessidades e desejos de forma imediata com efetiva entrega de valor. O líder renovador sabe prototipar soluções, corres riscos, errar rapidamente e com pouco custo. Também deve ser tolerante ao erro das suas equipes. A criação das equipes é centrada nos colaboradores e não no líder. Em muitos casos não teremos líderes de fato.
Evaldo Bazeggio, coach e mentor. Atua na formação de líderes renovadores com ensinamentos inspirados no sistema ISOR, Amana-Key e grandes estudiosos do comportamento humano.
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