A cultural gerencial em que fomos criados, têm em si um autoritarismo muito forte. Qualquer gestor com mais de 10 anos de experiência foi treinado e incentivado a decidir. Você é o líder, você decide.
Vai desde a forma em que os pais definem o que os filhos devem fazer até o momento em que os filhos dizem os que os pais devem fazer.
As organizações refletem esta cultura definindo o que os colaboradores devem executar, e tudo isto demonstra que esta concordância não é produtiva porque parte do pressuposto de alguém é dono da verdade.
Alguém é dono da verdade? Qual verdade?
Quando existe concordância pura e simplesmente, abre-se mão das considerações dos seus referenciais que são fontes de avaliações de ideias a luz dos referenciais de outros.
Isto têm uma implicação maior ainda porque muitas das decisões tomadas por gestores e lideres nas organizações deixam de ser contestadas e mais a frente alguém diz : MAS eu sabia que isto não ida dar certo. No entanto, quando a decisão foi colocada, não falaram nada. Ressalte-se ainda que quando não há participação, não há comprometimento.
Uma decisão mais elaborada, é aquela que consegue agregar visões diversas, de pessoas que estão em outras regiões e que estão próximas dos clientes, de pessoas que estão em diferentes níveis da organização.
Quando colaboradores veem algo de imediato e estão concordando, desconfie.
No mínimo é preciso referenciar estas ideias a luz dos seus valores e da sua compreensão.
Concordar não é produtivo, debater e discordar pode ser eficaz na medida em que obriga as pessoas a serem melhores.
Ditadores matam os seus opositores porque eles querem o direito de serem medíocres. Quando você, líder, não tem ninguém a te criticar você corre sério risco de ser medíocre.
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