Com as rápidas mudanças tecnológicas, muitos profissionais perdem a capacidade de conseguir os melhores resultados. Um motorista de caminhão, por exemplo, se defronta com alto aparato tecnológico em sua cabine e precisa reaprender comandos novos, leitura de instrumentos eletrônicos e outros recursos que são disponibilizados.
O porteiro de um edifício tem os mesmos desafios diante de sistemas de segurança, de câmeras, de back-ups de dados e de outras parafernálias de identificação e controle.
Nas organizações, a grande ameaça está na plena utilização da internet como ambiente de mercado e ferramenta de trabalho. Diariamente surgem novos conceitos e modelos de informação que exigem uma habilidade de aprendizagem rápida. Nesse sentido, o maior desafio do momento é a utilização das mídias sociais: quem não conseguir aprender e usar as plataformas de redes, de sites de vídeo, de blogs e de gerenciadores de conteúdo corre o risco de se tornar facilmente um analfabeto funcional.
Vejam o caso de alguns processos que precisam se adaptar rapidamente:
- Call Center: Uso intensivo e monitoramento das mídias sociais para acompanhar em tempo real tudo o que é falado sobre seus produtos e serviços;
- Equipes de vendas: Conhecimento do potencial de relacionamento das plataformas de redes sociais, visando facilitar o engajamento dos clientes;
- Comunicação: Especialização em geração de conteúdos para blogs, microblogs e sites, visando atrair o interesse dos clientes e gerar conversação;
- Recursos Humanos: Conhecimento das diferenças entre as gerações ( Y e X), que já causam conflitos e exigem mudanças de postura dos líderes;
- Atendimento ao Cliente: Domínio pleno de todos os canais possíveis de atendimento, incluindo Skype, GTalk, chats e as demais plataformas de rede;
- TI: Aplicativos e soluções para tablets e aparelhos móveis de todos os tipos, apoiando principalmente o marketing e a força de vendas;
Para que as organizações evoluam nessas questões, é necessário um movimento de reaculturamento digital. Esse movimento será maior do que aquele gerado na década de 80, com o início da introdução dos microcomputadores nos setores. Na época, os líderes foram os antenados da TI. Agora é diferente.
Penso que a alta gestão deve liderar esse movimento, gerando espaços de discussão de possibilidades, patrocinando treinamento às equipes e, sobretudo, aprendendo com os mais jovens.