A foto a seguir é do dia 12/10/1982, na inauguração da agência da CAIXA em Quilombo-SC. Os equipamentos existentes são: uma calculadora Sharp elétrica (1), uma máquina de escrever Olivetti Linea 88 (2) , um Relógio ponto DIMEP (3) e aparelhos de ar condicionado Consul(4).
Além desses equipamentos, no caixa tinha uma autenticadora Sharp de última geração. Vivíamos uma era pré-pc e uma agência bancária não precisava mais do que isso para funcionar. Os documentos eram “loteados” ao final do dia e remetidos à Florianópolis (583 km) por malote, onde eram digitados em processados em computadores de grande porte. Só voltavam vários dias depois. Junto com os documentos processados voltavam as listagens de saldos. Enquanto as listagens não voltavam, os saldos dos clientes eram atualizados manualmente pelo Silmar.
Num texto de Maribel Lopes na Forbes encontramos várias dicas sobre o que poderá ser a era pós PC. Vou resumir com minha livre interpretação.
Segundo Lopes, quatro aspectos vão ser diferentes nessa era:
- Computação não é mais um destino. No passado, nós nos sentávamos em um desktop ou um laptop para trabalhar e acessar a informação. Na área de pós-PC, computação vive ao nosso redor, nos automóveis, equipamentos médicos, geladeiras, etc. Por exemplo, a diferença entre os PCs e TVs inteligentes é mínima. Ambos os dispositivos podem acessar conteúdo da Internet, programação e também aplicativos.
- A nuvem permite a mobilidade significativa. O mundo pós-PC baseia-se na crença de que os serviços em nuvem vão preencher as lacunas do armazenamento e processamento para dispositivos móveis. A nuvem funciona como um repositório, um serviço de sincronização e uma ferramenta de análise de dados. O Facebook armazena seus álbuns, o dropbox armazena seus arquivos. A Apple armazena suas músicas. O Youtube armazena seus vídeos. Você acessa tudo de qualquer lugar. O compartilhamento social é reforçado pela tecnologia “mobile” e nos vicia a compartilhar e acessar o tempo todo.
- A era pós PC destrói e reconstrói a indústria de software. A computação móvel criou novos sistemas operacionais para tablets e smartphones que serão a base para plataformas de computação de última geração. Todos os aplicativos terão que ser reescritos. Com efeito, a mobilidade está forçando cada empresa a avaliar quais aplicações e processos que vale a pena migrar para dispositivos móveis. Esta avaliação irá criar mudanças na indústria, onde empresas de software novas nascem. Mobilidade combinado com processamento e armazenamento na nuvem era redefinir o mercado interiro de software.
- A computação móvel e a internet das coisas trarão nova inteligência contextual .A computação móvel não só aumenta o alcance dos serviços, mas fornece um contexto adicional, tais como localização e presença. No futuro, sensores embutidos irão fornecer um outro aspecto do contexto que os serviços possam aproveitar. Por exemplo, o dispositivo móvel tem acesso à sua agenda e com base na sua localização daquele momento sabe que você está atrasado para uma reunião no centro da cidade. Com isso providencia contato com um serviço de estacionamento ou manobristas para planejar onde você deixará o carro, além de avisar seu chefe que você talvez chegue atrasado. Outros exemplos poderiam vincular atributos contextuais, como a presença e localização, com software social empresarial. Em vez de usar um sistema de paginação, uma enfermeira poderia usar software de empresa social em um tablet para localizar um cardiologista disponível no terceiro andar de um hospital e um desfibrilador no quarto andar. O usuário é mais do que um login, ele realmente está ali e localizável por mapas. Quem usa o Latitude sabe o que é isso.
Para se adaptar a essa nova era, alguns precisarão de coaching, mas para quem atravessou vários ciclos, creio que será mais fácil. Como você está?
Ainda sobre isso, indico a leitura do blog de Silvio Meira Veja mais sobre o assunto no blog de Silvio Meira.