Desde sua origem, a Programação Neuro Linguística (PNL) tem sido alvo de debates entre críticos e aqueles que afirmam sua veracidade. Talvez o maior questionamento quanto a PNL seja sobre o que realmente se trata. Se é uma forma de terapia, uma técnica de autoajuda ou, como é descrita por muitos profissionais, um sistema de modelagem mental.

Do que se trata a PNL

A PNL é um termo que engloba um grande conjunto de técnicas e abordagens, das quais muitas estão comprovadas pela ciência e outras não.  Ao contrário da maioria das correntes de pensamentos que constituem a psicologia, a PNL não foca no conteúdo da experiência, mas no entendimento dos processos mentais que a constituem para que possam ser trabalhadas. Seus dois principais usos terapêuticos ocorrem adjuntos a outras formas de terapia, ou como uma abordagem própria, a psicoterapia neuro linguística.

A PNL já conta com grande popularidade nas áreas ligadas ao desenvolvimento pessoal e a comunicação interpessoal, bem como uma forma de terapia alternativa. Em processos terapêuticos e trabalhos de coaching, por exemplo, a PNL é um trabalho rápido, barato e seguro, pois dispensa o uso de medicamentos. Além disso, aprender sobre o assunto é fácil e acessível.

A origem

A história da Programação Neuro Linguística (PNL) data de 35 anos atrás com o trabalho de Richard Bandler e John Grinder, sob a supervisão de uma equipe de antropólogos, sociólogos, linguistas e o especialista em cibernética Gregory Bateson. A maior parte do seu desenvolvimento ocorreu na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, durante as décadas de 1960 e 1970. Após seu nascimento, a PNL evoluiu em duas direções complementares. De um lado, uma forma de descobrir e desenvolver o máximo potencial de um indivíduo. Do outro, como um meio de desvendar os padrões da comunicação e aplica-los no desenvolvimento de outras pessoas.

PNL e o status de ciência

Segundo a especialista Delis de Zorzi, a PNL faz afirmações sobre o pensamento e a percepção que não parecem ser apoiadas pela neurociência ainda. “ A PNL desenvolve modelos que ainda não foram verificados, a partir do qual se desenvolve técnicas que podem não ter nada a ver com ambos os modelos ou as fontes dos modelos. Isto não quer dizer que as técnicas não funcionam”, explica.

Mesmo assim, a PNL usada como ferramenta de modelagem conta com muitos méritos e parece dar resultado, uma vez que cria para o indivíduo uma nova percepção de si mesmo e daquilo que o impede de alcançar os seus objetivos, gerando uma mudança de comportamento que reflete na sua vida e nas relações com outras pessoas. Neste aspecto, a metodologia por trás de um trabalho de PNL realmente faz sentido.

A neurociência revela cada vez mais como os processos mentais e a química cerebral atuam no comportamento humano, e como esses processos podem ser estudados.

A principal dificuldade para firmar a PNL como ciência é a falta de pesquisas com metodologia científica e a dificuldade para realiza-las. Como a PNL através de uma forma de efeito placebo, é extremamente difícil testa-la. Um treinamento caracterizado para o indivíduo testado como experimental pode influenciar os dados que serão obtidos no mesmo, indeterminando o resultado do estudo. Mesmo após definido o grupo de teste, como criar um grupo de controle e como definir outro placebo para o experimento?

Para que a PNL receba o status de ciência e seja praticada de forma ética e efetiva, é necessário que os interessados em aplica-las a estudem em fontes confiáveis e se profissionalizem. É importante também que os profissionais se preocupem em registrar os casos segundo uma metodologia de ciência para futuros estudos e pesquisas.

 

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