Toda palavra nova traz um sinal de mudança.
Nas aulas da pós graduação sempre alertamos os alunos sobre a necessidade de ficarem atentos a novos termos e expressões que surgem a todo momento. Por traz de uma palavra ou de um conceito novo pode estar uma grande mudança. Nos últimos tempos passamos a ter contato com a expressão “internet das coisas”.
Simplificando um pouco podemos dizer que trata-se da informatização de tudo ou quase tudo o que temos em nossa volta. Pode ser a união do piso da sua casa com o aquecedor solar, passando pelo medidor de consumo de água. É um processo de comunicação entre “máquinas” ”objetos”, “veículos” e “robôs” visando atuação inteligente (smart).
Segundo o Gartner Group a internet das coisas está no topo das tecnologias emergentes de hoje que podem ter ampla utilização no decorrer dos próximos cinco ou dez anos.
Uma arquitetura dessas possibilidades de uso está no desenho abaixo publicado por um grupo de cientistas australianos.
Fonte: Internet of Things (IoT): A vision, architectural elements, and future directions
O grande desafio das organizações será conectar os seus apetrechos em benefício da melhoria da qualidade de vida das pessoas. Certamente o potencial de lucro será o motor dessa mobilização mas o impacto social (ameaças e oportunidades) deve ser avaliado.
Como você, caro leitor, vê essa possibilidade?
Quer saber mais?
Este post tem 4 comentários
Prof. Evaldo,
Essa nova tecnologia traduz uma preocupação essencial aos dias de hoje em que as facilidades trazidas com a tecnologia da internet tornou tudo e todos tão individualistas. A IoT propõe uma integralização de tecnologias, de aparelhos e de sistemas que a internet pode unir e fazer intergrar-se em beneficio da qualidade de vida . Mas que com certeza ainda tem muitos desafios pela frente.
Prof. Evaldo,
A “Internet das Coisas” se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. O que é novidade hoje no mundo tecnológico, já pode estar super ultrapassado daqui a um ano. Estudos recentes revelam que, somente no Brasil, cerca de US$ 2 bilhões devem girar em torno da (IoT – Internet of Things) em 2014. Mais de US$ 8,9 trilhões serão gerados até 2020″.
São claros e consistentes os benefícios gerados pela Internet das Coisas, sem dúvida um salto na qualidade de vida. Porém, lembrando Sílvio Meira, essa realidade deve pautar as oportunidades sem perder a reflexão sobre os riscos. Não seria o caso de priorizá-los em desfavor das oportunidades, mas também não devem ser descartados diante do entusiasmo pelo sucesso dessas inovações. As ameaças existem.
Além da óbvia ameaça relativa à segurança (invasões virtuais que poderiam, por exemplo, manipular os objetos, reprogramá-los, desviá-los, etc), podemos pensar (buscando uma reflexão menos técnica e mais contextual) na ameaça social (maior divisão nas classes sociais; queda – ou até a extinção – da interação e da interdependência nas relações humanas…). Ampliando um pouco o cenário, podemos chegar a problemas de saúde pública, como por exemplo, questões relacionadas ao sedentarismo, pelo simples fato de que as pessoas não dispenderiam mais qualquer esforço, todo realizado pelas máquinas.
Pode parecer exagero, mas a Io T vem pra ficar e impressiona por sua abrangência e capacidade de ação. Poderemos, num futuro próximo, vivenciar o que seria um filme sci-fi. A busca de outros contextos na análise de riscos tem a intenção de alertar para as ameaças que tornamos invisíveis quando os lucros e os benefícios são enormes.
É um caminho sem volta professor… Ela vai nos trazer muitas facilidades e com certeza alguns problemas ou privações, principalmente de liberade… rssss… mas, é inevitável, principalmente para executar serviços que o homem não quer ou se expõe muito ao risco de se machucar ou morrer.